terça-feira, 7 de setembro de 2010

3A3 – 3A5 – Jorge Amado

Nesta postagem teremos quatro exercícios sobre Carlos Drummond de Andrade. Um objetivo e três discursivos. O uso das planilhas facilitará a resolução.

"Existiam poucos ilheenses de nascimento que já tivessem importância na vida da cidade. [...]
De todo o [Nordeste] do Brasil descia gente para essas terras do Sul da Bahia. A fama corria longe, diziam que o dinheiro rodava na rua, que ninguém fazia caso, em Ilhéus, de prata de dois mil réis. Os navios chegavam entupidos de emigrantes, vinham aventureiros de toda a espécie, mulheres de toda a idade, para quem Ilhéus era a primeira ou a última esperança." (Jorge Amado.Terras do sem fim, 1943.)

1 - Considerando as condições sociais do sul do estado da Bahia nos primeiros decênios do século 20, referidas pelo escritor Jorge Amado, responda.

a) Qual atividade econômica tornou possível, nessa região, a absorção deste contingente populacional expressivo?
b) Quais as condições históricas do Nordeste brasileiro que explicam a saída e o direcionamento de milhares de pessoas para os centros economicamente mais dinâmicos do país?


Para responder às questões de números 2 a 4, leia o trecho extraído de Gabriela, cravo e canela, obra de Jorge Amado.

“O marinheiro sueco, um loiro de quase dois metros, entrou no bar, soltou um bafo pesado de álcool na cara de Nacib e apontou com o dedo as garrafas de “Cana de Ilhéus”. Um olhar suplicante, umas palavras em língua impossível. Já cumprira Nacib, na véspera, seu dever de cidadão, servira cachaça de graça aos marinheiros. Passou o dedo indicador no polegar, a perguntar pelo dinheiro.Vasculhou os bolsos o loiro sueco, nem sinal de dinheiro. Mas descobriu um broche engraçado, uma sereia dourada. No balcão colocou a nórdica mãe-d'água, Yemanjá de Estocolmo. Os olhos do árabe fitavam Gabriela a dobrar a esquina por detrás da Igreja. Mirou a sereia, seu rabo de peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo não havia, com aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele langor. Quanto mais dormia com ela, mais tinha vontade. Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e canela. Nunca mais lhe dera um presente, uma tolice de feira. Tomou da garrafa de cachaça, encheu um copo grosso de vidro, o marinheiro suspendeu o braço, saudou em sueco,
emborcou em dois tragos, cuspiu. Nacib guardou no bolso a sereia dourada, sorrindo. Gabriela riria contente, diria a gemer: “precisava não, moço bonito ...” E aqui termina a história de Nacib e Gabriela, quando renasce a chama do amor de uma brasa dormida nas cinzas do peito.”

2. No texto, o autor relaciona a cultura nacional à estrangeira, buscando, por meio da comparação, estabelecer equivalências entre elas. Qual trecho do texto que indica esse tipo de comparação?

3. A oração: Vasculhou os bolsos o loiro sueco, com a substituição do complemento verbal por um pronome oblíquo, equivale a

(A)Vasculhou-o os bolsos.
(B)Vasculhou-se o loiro sueco.
(C)Vasculhou-lhe os bolsos.
(D) Vasculhou-lhes o loiro sueco.
(E)Vasculhou-os o loiro sueco.

4. Identifique um trecho em que o autor apresenta as informações numa linguagem altamente conotativa. Explique.


Data limite para resposta: 14/09/2010 – 23h59min

12 comentários:

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  5. Nome: Felipe Zimermann n° 12 3A3

    Questão 1- A) Cana de açúcar e café
    B) Por causa da seca

    Questão 2- "Passou o dedo indicador no polegar, a perguntar pelo dinheiro."

    Questão 3- Alternativa B)VAsculhou-se o loiro sueco

    Questão 4- "Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e canela."

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  6. Michel Faria Marques Ferreira N° 25 3A3

    1) (a) Cana-de-Açúcar, ouro e café.
    (b) Seca, desemprego, busca de vida melhor e dinheiro.
    2) "Passou o dedo indicador no polegar, a pergutnar pelo dinheiro".

    3) B - vasculhou-se o loiro sueco

    4) Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era cravo e canela.

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  7. Danilo Breviglieri Nº 08 3A³

    1. a)A lavoura do cacau. b) As condições de miséria e marginalização entre nordestinos que se dedicavam a atividades agrícolas, ”gente da roça”, devido à estrutura socioeconômica baseada no domínio de poucos e mau uso das terras (latifúndio) e no patriarcalismo, herdado de geração em geração, além dos efeitos prejudiciais do clima semi-árido, como as prolongadas e devastadoras secas nessa região.

    2. "No balcão colocou a nórdica mãe-d'água ..."

    3. e)

    4. e)

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  8. Nome: Caio Vinicius Vassilopoulos de Melo
    No.07
    Sala: 3A3

    1a) é cana de açucar e café
    *b) por causa da seca
    *2 "passou o dedo indicador no polegar a perguntar pelo dinheiro"
    *3 alternativa B)
    *4 "parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e canela"

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  9. Larissa Meleiro Graziano n°19 3A313 de setembro de 2010 às 18:38

    3A3 Jorge Amado..

    Nome:Larissa Meleiro Graziano n°19 3A3

    Resposta:

    Texto 1-
    letra a)As aguas fortes da vida
    baiana rural..

    letra b)A fama corria longe,diziam que o dinheiro rodava na rua,por isso que os navios chegavam lotados..

    Respos..2-O marinheiro sueco,um loiro de quase
    dois metros,umas palavras e, lingua impossivel..

    Respos..3- letra (C)Vasculhou-lhe os bolsos

    Respo..4- Quanto mais dormia com ela,mais tinha vontade,Paraceia feito de canto e dança de sol e luar,era de cravo e canela..

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  10. NOME:Diogo Lima Nº07 3a-5
    1-a-OS NAVIOS
    1-b-a fome e o desemprego e a seca que existe no nordeste

    2-mae da agua yemanja
    (que é nacional )

    3-(c)

    4-falando como ela é bonita feito cravo e canela.Isso é uma linguagem conotativa quando diz que ela é feito a lua o sil e ect..

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  11. 1)“...Os navios chegavam entupidos de emigrantes, vinham aventureiros de toda a espécie, mulheres de toda a idade, para quem Ilhéus era a primeira ou a última esperança."
    (A) Eram os navios, porque chegavam muitas pessoa para trabalhar.
    (B) A seca do Nordeste, sem água”chuva” não há alimentos e consequentemente haverá fome, também falta de emprego.

    2)“... No balção colocou a nórdica mãe-d'água, Yemanjá de Estocolmo.”

    3)(C)

    4)“...Parecia feita de canto e dança, de sol e de luar, era de cravo e canela.”
    O autor descreve a moça Gabriela com intensidade, como se só existisse ela no mundo, ele vê ela como um conjunto de perfeição e por isso ele elogia-a de tal maneira.

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