quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TT – Clarice Lispector – Conto: Amor

1) Leia o conto Amor, de Clarice Lispector, e identifique 3 características da autora. Cite a característica, cole a parte do texto que fundamente sua idéia e explique cada uma delas.

2) Qual o impacto que acontecimento principal teve na vida de Ana? Como ela lidou com isso? No lugar de Ana, o que você faria?

Amor
Um pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.

Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranqüilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.

Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.

No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha - com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.

Sua precaução reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde, quando a casa estava vazia sem precisar mais dela, o sol alto, cada membro da família distribuído nas suas funções. Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto - ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranqüila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera e escolhera.

O bonde vacilava nos trilhos, entrava em ruas largas. Logo um vento mais úmido soprava anunciando, mais que o fim da tarde, o fim da hora instável. Ana respirou profundamente e uma grande aceitação deu a seu rosto um ar de mulher.

O bonde se arrastava, em seguida estacava. Até Humaitá tinha tempo de descansar. Foi então que olhou para o homem parado no ponto.

A diferença entre ele e os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se mantinham avançadas. Era um cego.

O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranqüila estava sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles.

Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam jantar - o coração batia-lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mascava goma na escuridão. Sem sofrimento, com os olhos abertos. O movimento da mastigação fazia-o parecer sorrir e de repente deixar de sorrir, sorrir e deixar de sorrir - como se ele a tivesse insultado, Ana olhava-o. E quem a visse teria a impressão de uma mulher com ódio. Mas continuava a olhá-lo, cada vez mais inclinada - o bonde deu uma arrancada súbita jogando-a desprevenida para trás, o pesado saco de tricô despencou-se do colo, ruiu no chão - Ana deu um grito, o condutor deu ordem de parada antes de saber do que se tratava - o bonde estacou, os passageiros olharam assustados.

Incapaz de se mover para apanhar suas compras, Ana se aprumava pálida. Uma expressão de rosto, há muito não usada, ressurgia-lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível. O moleque dos jornais ria entregando-lhe o volume. Mas os ovos se haviam quebrado no embrulho de jornal. Gemas amarelas e viscosas pingavam entre os fios da rede. O cego interrompera a mastigação e avançava as mãos inseguras, tentando inutilmente pegar o que acontecia. O embrulho dos ovos foi jogado fora da rede e, entre os sorrisos dos passageiros e o sinal do condutor, o bonde deu a nova arrancada de partida.

Poucos instantes depois já não a olhavam mais. O bonde se sacudia nos trilhos e o cego mascando goma ficara atrás para sempre. Mas o mal estava feito.

A rede de tricô era áspera entre os dedos, não íntima como quando a tricotara. A rede perdera o sentido e estar num bonde era um fio partido; não sabia o que fazer com as compras no colo. E como uma estranha música, o mundo recomeçava ao redor. O mal estava feito. Por quê? Teria esquecido de que havia cegos? A piedade a sufocava, Ana respirava pesadamente. Mesmo as coisas que existiam antes do acontecimento estavam agora de sobreaviso, tinham um ar mais hostil, perecível... O mundo se tornara de novo um mal-estar. Vários anos ruíam, as gemas amarelas escorriam. Expulsa de seus próprios dias, parecia-lhe que as pessoas da rua eram periclitantes, que se mantinham por um mínimo equilíbrio à tona da escuridão - e por um momento a falta de sentido deixava-as tão livres que elas não sabiam para onde ir. Perceber uma ausência de lei foi tão súbito que Ana se agarrou ao banco da frente, como se pudesse cair do bonde, como se as coisas pudessem ser revertidas com a mesma calma com que não o eram.

O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas, sofrendo espantada. O calor se tornara mais abafado, tudo tinha ganho uma força e vozes mais altas. Na Rua Voluntários da Pátria parecia prestes a rebentar uma revolução, as grades dos esgotos estavam secas, o ar empoeirado. Um cego mascando chicles mergulhara o mundo em escura sofreguidão. Em cada pessoa forte havia a ausência de piedade pelo cego e as pessoas assustavam-na com o vigor que possuíam. Junto dela havia uma senhora de azul, com um rosto.

Desviou o olhar, depressa. Na calçada, uma mulher deu um empurrão no filho! Dois namorados entrelaçavam os dedos sorrindo... E o cego? Ana caíra numa bondade extremamente dolorosa.

Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. Mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite - tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso. E através da piedade aparecia a Ana uma vida cheia de náusea doce, até a boca.

Só então percebeu que há muito passara do seu ponto de descida. Na fraqueza em que estava, tudo a atingia com um susto; desceu do bonde com pernas débeis, olhou em torno de si, segurando a rede suja de ovo. Por um momento não conseguia orientar-se. Parecia ter saltado no meio da noite.

Era uma rua comprida, com muros altos, amarelos. Seu coração batia de medo, ela procurava inutilmente reconhecer os arredores, enquanto a vida que descobrira continuava a pulsar e um vento mais morno e mais misterioso rodeava-lhe o rosto. Ficou parada olhando o muro. Enfim pôde localizar-se. Andando um pouco mais ao longo de uma sebe, atravessou os portões do Jardim Botânico.

Andava pesadamente pela alameda central, entre os coqueiros. Não havia ninguém no Jardim. Depositou os embrulhos na terra, sentou-se no banco de um atalho e ali ficou muito tempo.

A vastidão parecia acalmá-la, o silêncio regulava sua respiração. Ela adormecia dentro de si.

De longe via a aléia onde a tarde era clara e redonda. Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.

Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas surpresas entre os cipós. Todo o Jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais.

Um movimento leve e íntimo a sobressaltou - voltou-se rápida. Nada parecia se ter movido. Mas na aléia central estava imóvel um poderoso gato. Seus pêlos eram macios. Em novo andar silencioso, desapareceu.

Inquieta, olhou em torno. Os ramos se balançavam, as sombras vacilavam no chão. Um pardal ciscava na terra. E de repente, com mal-estar, pareceu-lhe ter caído numa emboscada. Fazia-se no Jardim um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber.

Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranqüila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos.

Ao mesmo tempo que imaginário - era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudas, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega - era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante.

As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do Jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas. As pequenas flores espalhadas na relva não lhe pareciam amarelas ou rosadas, mas cor de mau ouro e escarlates. A decomposição era profunda, perfumada... Mas todas as pesadas coisas, ela via com a cabeça rodeada por um enxame de insetos enviados pela vida mais fina do mundo. A brisa se insinuava entre as flores. Ana mais adivinhava que sentia o seu cheiro adocicado... O Jardim era tão bonito que ela teve medo do Inferno.

Era quase noite agora e tudo parecia cheio, pesado, um esquilo voou na sombra. Sob os pés a terra estava fofa, Ana aspirava-a com delícia. Era fascinante, e ela sentia nojo.

Mas quando se lembrou das crianças, diante das quais se tornara culpada, ergueu-se com uma exclamação de dor. Agarrou o embrulho, avançou pelo atalho obscuro, atingiu a alameda. Quase corria - e via o Jardim em torno de si, com sua impersonalidade soberba. Sacudiu os portões fechados, sacudia-os segurando a madeira áspera. O vigia apareceu espantado de não a ter visto.

Enquanto não chegou à porta do edifício, parecia à beira de um desastre. Correu com a rede até o elevador, sua alma batia-lhe no peito - o que sucedia? A piedade pelo cego era tão violenta como uma ânsia, mas o mundo lhe parecia seu, sujo, perecível, seu. Abriu a porta de casa. A sala era grande, quadrada, as maçanetas brilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpada brilhava - que nova terra era essa? E por um instante a vida sadia que levara até agora pareceu-lhe um modo moralmente louco de viver. O menino que se aproximou correndo era um ser de pernas compridas e rosto igual ao seu, que corria e a abraçava. Apertou-o com força, com espanto. Protegia-se trêmula. Porque a vida era periclitante. Ela amava o mundo, amava o que fora criado - amava com nojo. Do mesmo modo como sempre fora fascinada pelas ostras, com aquele vago sentimento de asco que a aproximação da verdade lhe provocava, avisando-a. Abraçou o filho, quase a ponto de machucá-lo. Como se soubesse de um mal - o cego ou o belo Jardim Botânico? - agarrava-se a ele, a quem queria acima de tudo. Fora atingida pelo demônio da fé. A vida é horrível, disse-lhe baixo, faminta. O que faria se seguisse o chamado do cego? Iria sozinha... Havia lugares pobres e ricos que precisavam dela. Ela precisava deles... Tenho medo, disse. Sentia as costelas delicadas da criança entre os braços, ouviu o seu choro assustado. Mamãe, chamou o menino. Afastou-o, olhou aquele rosto, seu coração crispou-se. Não deixe mamãe te esquecer, disse-lhe. A criança mal sentiu o abraço se afrouxar, escapou e correu até a porta do quarto, de onde olhou-a mais segura. Era o pior olhar que jamais recebera. O sangue subiu-lhe ao rosto, esquentando-o.

Deixou-se cair numa cadeira com os dedos ainda presos na rede. De que tinha vergonha?

Não havia como fugir. Os dias que ela forjara haviam-se rompido na crosta e a água escapava. Estava diante da ostra. E não havia como não olhá-la. De que tinha vergonha? É que já não era mais piedade, não era só piedade: seu coração se enchera com a pior vontade de viver.

Já não sabia se estava do lado do cego ou das espessas plantas. O homem pouco a pouco se distanciara e em tortura ela parecia ter passado para o lados que lhe haviam ferido os olhos. O Jardim Botânico, tranqüilo e alto, lhe revelava. Com horror descobria que pertencia à parte forte do mundo - e que nome se deveria dar a sua misericórdia violenta? Seria obrigada a beijar um leproso, pois nunca seria apenas sua irmã. Um cego me levou ao pior de mim mesma, pensou espantada. Sentia-se banida porque nenhum pobre beberia água nas suas mãos ardentes. Ah! era mais fácil ser um santo que uma pessoa! Por Deus, pois não fora verdadeira a piedade que sondara no seu coração as águas mais profundas? Mas era uma piedade de leão.

Humilhada, sabia que o cego preferiria um amor mais pobre. E, estremecendo, também sabia por quê. A vida do Jardim Botânico chamava-a como um lobisomem é chamado pelo luar. Oh! mas ela amava o cego! pensou com os olhos molhados. No entanto não era com este sentimento que se iria a uma igreja. Estou com medo, disse sozinha na sala. Levantou-se e foi para a cozinha ajudar a empregada a preparar o jantar.

Mas a vida arrepiava-a, como um frio. Ouvia o sino da escola, longe e constante. O pequeno horror da poeira ligando em fios a parte inferior do fogão, onde descobriu a pequena aranha. Carregando a jarra para mudar a água - havia o horror da flor se entregando lânguida e asquerosa às suas mãos. O mesmo trabalho secreto se fazia ali na cozinha. Perto da lata de lixo, esmagou com o pé a formiga. O pequeno assassinato da formiga. O mínimo corpo tremia. As gotas d'água caíam na água parada do tanque. Os besouros de verão. O horror dos besouros inexpressivos. Ao redor havia uma vida silenciosa, lenta, insistente. Horror, horror. Andava de um lado para outro na cozinha, cortando os bifes, mexendo o creme. Em torno da cabeça, em ronda, em torno da luz, os mosquitos de uma noite cálida. Uma noite em que a piedade era tão crua como o amor ruim. Entre os dois seios escorria o suor. A fé a quebrantava, o calor do forno ardia nos seus olhos.

Depois o marido veio, vieram os irmãos e suas mulheres, vieram os filhos dos irmãos.

Jantaram com as janelas todas abertas, no nono andar. Um avião estremecia, ameaçando no calor do céu. Apesar de ter usado poucos ovos, o jantar estava bom. Também suas crianças ficaram acordadas, brincando no tapete com as outras. Era verão, seria inútil obrigá-las a dormir. Ana estava um pouco pálida e ria suavemente com os outros. Depois do jantar, enfim, a primeira brisa mais fresca entrou pelas janelas. Eles rodeavam a mesa, a família. Cansados do dia, felizes em não discordar, tão dispostos a não ver defeitos. Riam-se de tudo, com o coração bom e humano. As crianças cresciam admiravelmente em torno deles. E como a uma borboleta, Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu.

Depois, quando todos foram embora e as crianças já estavam deitadas, ela era uma mulher bruta que olhava pela janela. A cidade estava adormecida e quente. O que o cego desencadeara caberia nos seus dias? Quantos anos levaria até envelhecer de novo? Qualquer movimento seu e pisaria numa das crianças. Mas com uma maldade de amante, parecia aceitar que da flor saísse o mosquito, que as vitórias-régias boiassem no escuro do lago. O cego pendia entre os frutos do Jardim Botânico.

Se fora um estouro do fogão, o fogo já teria pegado em toda a casa! pensou correndo para a cozinha e deparando com o seu marido diante do café derramado.

- O que foi?! gritou vibrando toda.

Ele se assustou com o medo da mulher. E de repente riu entendendo:

- Não foi nada, disse, sou um desajeitado. Ele parecia cansado, com olheiras.

Mas diante do estranho rosto de Ana, espiou-a com maior atenção. Depois atraiu-a a si, em rápido afago.

- Não quero que lhe aconteça nada, nunca! disse ela.

- Deixe que pelo menos me aconteça o fogão dar um estouro, respondeu ele sorrindo.

Ela continuou sem força nos seus braços. Hoje de tarde alguma coisa tranqüila se rebentara, e na casa toda havia um tom humorístico, triste. É hora de dormir, disse ele, é tarde. Num gesto que não era seu, mas que pareceu natural, segurou a mão da mulher, levando-a consigo sem olhar para trás, afastando-a do perigo de viver.

Acabara-se a vertigem de bondade.

E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia.

Data limite para resposta: 08/09/2010 – 23h59min

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35 comentários:

  1. Nome: Erika Sena Soares nº13 3A2

    1) Gostava de costurar - “...o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda.”
    Casou-se e teve filhos muito nova - “Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.”
    Atenciosa e preocupada - “Não quero que lhe aconteça nada, nunca! disse ela.”

    2)Por um dia inteiro ela teve medo de viver, tudo a sua volta lhe parecia estranho e hostil, mas ela enfrentou tudo isso ao pensar nos filhos e no marido que precisavam dela. Eu faria o mesmo.

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  2. Mirella nº25 3A4

    1-Predominância de impressões e sensações:"Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranqüila." Pois quando observa o Jardim, percebe que a vida não é o que ela pensava, só cuidando dos filhos e do marido, mas sim o que tinha lá fora e ela não via. Até no seu mundo perfeito, as coisas também morreriam e apodreceriam.
    *As ações passam a ter importância psicológica: "Se fora um estouro do fogão, o fogo já teria pegado em toda a casa! pensou correndo para a cozinha e deparando com o seu marido diante do café derramado. O que foi?! gritou vibrando toda.- Não quero que lhe aconteça nada, nunca! disse ela." Pois quando vivia no seu mundo, não imaginava que podiam ocorrer acontecimentos no futuro.Só o percebe quando leva um susto com o barulho, e percebe a importância do marido ao seu lado.
    *Presença de epifania: "briu a porta de casa. A sala era grande, quadrada, as maçanetas brilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpada brilhava - que nova terra era essa? E por um instante A VIDA SADIA que levara até agora pareceu-lhe um MODO MORALMENTE LOUCO DE VIVER." Pois desde que ela vê o cego até o momento em que passou no Jardim,compreendeu o significado da vida, e quando chega em casa, ela conclui este pensamento. Além disso, este conto é de epifanias.

    2-Depois que Ana observa o cego e passa momentos no Jardim, percebe que a vida supostamente feliz, perfeita e metódica que vivia, não era a realidade que vivenciou depois que o viu. Ficou perturbada;cada momento que ficou em casa depois do acontecimento a fizeram repensar em coisas que jamais pensara.
    Eu passaria a viver cada momento de minha vida o mais simples possível, pois não existe vida sem alguns transtornos, e é isso o que ela vivia.

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  3. E.E.Martim Afonso
    Nome: Patricia Silva de Souza
    Nº: 30
    Série: 3A2

    2)-Ana se acostumou a viver sem felicidade e se conformou em conviver, dentro de si, com uma velhice prematura.
    -Cansada de viver assim, a mercê das emoções e sempre com os desejos fora do seu alcance, Ana resolveu trocar toda essa “instabilidade” por uma “firme vida de adulto”. Ela acreditava que era possível viver sem felicidade e assim levava a sua vida.
    -Eu não viveria assim porque não dá pra se viver sem felicidade.

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  4. nome: Maria Susana N°:27 Turma: 3A23 de setembro de 2010 às 17:40

    1)Conflitos psicológicos
    As árvores estavam carregadas, o mundo era tão rico que apodrecia. Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada. A moral do Jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele, estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio, onde vitórias-régias boiavam monstruosas.

    Utiliza metáforas
    Os dias que ela forjara haviam-se rompido na crosta e a água escapava. Estava diante da ostra. E não havia como não olhá-la. (A ostra na verdade era sua vidinha rotineira que não a deixa enxergar o mundo La fora)

    Literatura feminina
    A autora retrata a vida de uma dona de casa e faz questão de mostrar sua reação ao ver o mundo exterior, fora de seu casulo, buscando mostrar todas as características e a rotina de uma mulher casada.

    2) Ana ficou chocada ao perceber o mundo ao seu redor, na verdade eram coisas que aconteciam em qualquer lugar, a todo o momento, porém estava tão fechada em seu mundinho que não era capaz de perceber estas coisas. Ao se deparar com aquela realidade entrou em um estado de choque e começou a refletir muito sobre sua vida até agora e as coisas a seu redor. No lugar dela não seria dona de casa, mas se fosse e vivesse em um mundo fechado, também ficaria espantada, afinal ela tinha seu mundo perfeito onde vivia sua rotina e ficava feliz ao ver que seus familiares precisavam dela e do nada percebe que a vida não é apenas aquilo.

    Obs: Poxa professor, da próxima passa um conto menor =/

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  5. isso é um texto ou um livro?

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  6. Beatriz Barbosa Pina nº 05 3A4

    1.)Clarice destaca em seus contos sensibilidades que são comuns em diversas pessoas que acreditam que é melhor viver sem felicidade mas ter uma vida estável, Clarice critica o conformismo das pessoas, que muitas vezes, deixam de aproveitar sua vida.
    "Depois, quando todos foram embora e as crianças já estavam deitadas,ela era uma mulher bruta q olhava pela janela". - ou seja, ela só tinha tempo para pensar em sua vida, passava o dia cuidando dos filhos e da família, a noite, percebia o quão forte e madura ela era.

    "mas quando lembrou das crianças,diante das quais se tornara culpada,ergueu-se com uma exclamação de dor".-vivia para seus filhos, não tinha vida própria,perdeu sua identidade,qualquer coisa q viera a acontecer com seus filhos iria sentir-se culpada.

    "encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos".-sua vida era de uma rotina tediante e que nunca acabava, mesmo que fazia, no dia seguinte teria que fazer tudo novamente.

    2.)Ela andava fraca, tanto que nem percebeu que já havia passado seu ponto de descida.Tudo a assustava, sentia fraqueza, etc.Haviam coisas intranquilas, certa vez viu um homem cego mascando chicles.Tinha mania de perseguição.Ela vivia sem emoçoes.Ela começou a acreditar que poderia viver uma vida sem felicidade, uma vida de adulto para ela.Proucurou ter sua vida tranquila e fixa.Cada dia vivido era uma luta para ela.Se eu estivesse no lugar dela, proucuraria ajuda de um piscicólogo e depois tentaria dividir as tarefas domésticas com uma empregada e de vez em quando fazer viajens com a família, para sair da rotina estressante e aproveitar mais a vida.Eu proucuraria ter mais felicidade na minha vida, não só viver por viver.

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  7. 1.)Clarice destaca em seus contos sensibilidades que são comuns em diversas pessoas que acreditam que é melhor viver sem felicidade mas ter uma vida estável, Clarice critica o conformismo das pessoas, que muitas vezes, deixam de aproveitar sua vida.
    "Depois, quando todos foram embora e as crianças já estavam deitadas,ela era uma mulher bruta q olhava pela janela". - ou seja, ela só tinha tempo para pensar em sua vida, passava o dia cuidando dos filhos e da família, a noite, percebia o quão forte e madura ela era.

    "mas quando lembrou das crianças,diante das quais se tornara culpada,ergueu-se com uma exclamação de dor".-vivia para seus filhos, não tinha vida própria,perdeu sua identidade,qualquer coisa q viera a acontecer com seus filhos iria sentir-se culpada.

    "encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos".-sua vida era de uma rotina tediante e que nunca acabava, mesmo que fazia, no dia seguinte teria que fazer tudo novamente.

    2.)Ela andava fraca, tanto que nem percebeu que já havia passado seu ponto de descida.Tudo a assustava, sentia fraqueza, etc.Haviam coisas intranquilas, certa vez viu um homem cego mascando chicles.Tinha mania de perseguição.Ela vivia sem emoçoes.Ela começou a acreditar que poderia viver uma vida sem felicidade, uma vida de adulto para ela.Proucurou ter sua vida tranquila e fixa.Cada dia vivido era uma luta para ela.Se eu estivesse no lugar dela, proucuraria ajuda de um piscicólogo e depois tentaria dividir as tarefas domésticas com uma empregada e de vez em quando fazer viajens com a família, para sair da rotina estressante e aproveitar mais a vida.Eu proucuraria ter mais felicidade na minha vida, não só viver por viver.

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  8. 3A³ - Nº08 Danilo Breviglieri

    1) Epifania - O conto é antes de tudo um momento de epifania onde a personagem Ana se via dentro de um mundo no qual sua rotina rotina de dona de casa era o que ela conhecia até aquele momento, mas descobre que o tem um mundo fora das paredes de seu prédio onde existe caos e a ausência de lei, das pessoas e das coisas.

    PREDOMINÂNCIA DE SENSAÇÕES - " Não havia como fugir. Os dias que ela forjara haviam-se rompido na crosta e a água escapava. Estava diante da ostra. E não havia como não olhá-la. De que tinha vergonha? E que tinha vergonha? É que já não era mais piedade, não era só piedade: seu coração se enchera com a pior vontade de viver".
    Nesse fragmento tudo se desconstrói ao redor da personagem, as coisas fugiram de seu controle. Ela desperta para a realidade, e isso tudo a amedronta. E ela não sabe como lidar com essas novas sensações.

    PREDOMÍNIO DO TEMPO PSICOLÓGICO - "Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício." Os pensamentos da personagem Ana seguem o fluxo do seu EU interior. Logo, o enredo fragmenta-se de acordo com seu tempo psicológico.


    2)Seu momento de epifania causou a Ana uma sensação que jamais havia provado, a LIBERDADE. Isso era uma experiência da qual ela não conhecia por estar sempre vivendo numa "redoma" chamada rotina. A princípio ela não sabia como lidar com isso pois havia acabado de conhecer uma mundo novo da qual ela desconhecia, apesar de estranhar um pouco seu novo EU, precisou de um tempo para assimilar melhor as coisas e encarar a vida de um modo diferente. No lugar da Ana se vivesse nas mesmas circunstâncias que ela, bem provável que eu terias as mesmas reações, por se tratar de mudança tudo se torna um pouco mais complicado, mas eu também mudaria assim como ela mudou.

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  9. 3A4 -N°35 VINICIUS VIEIRA CAVALCANTE

    1)as principais características de Clarisse são:

    epifania- o texto é um momento de epifania, em que um mundo novo é apresentado à personagem protagonista,Ana."O mal estava feito. Por que? Teria esquecido de que havia cegos? A piedade a sufocava, Ana respirava pesadamente. Mesmo as coisas que existiam antes do acontecimento estavam agora de sobreaviso, tinham um ar mais hostil, perecível... O mundo se tornara de novo um mal-estar".

    sondagem dos mecanismos da mente- Clarisse nos mostra os pontos mais complexos da mente humana através de passagens do texto. "Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto – ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranqüila vibração. (...) E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim".
    Ana se agarrava aos objetos, às tarefas, aos deveres, para afogar seu desejo de viver e de encontrar um mundo que, ao mesmo tempo em que poderia lhe trazer prazer, também poderia significar sofrimento.

    predominância de impressões e sensações-"O que chamara de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas, sofrendo espantada. O calor se tornara mais abafado, tudo tinha ganho uma força e vozes mais altas".

    2)O fato de ter visto aquele cego,libertou um sentimento que a muito não a fazia sentir.E a fez perceber muitas coisas que antes deixava inerte em sua vida.
    “Incapaz de se mover para apanhar suas compras, Ana se aprumava pálida. Uma expressão de rosto, há muito não usada, ressurgira-lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível”.
    o sentimento que ela sentiu ao ver o cego foi amor. Mas não amor sexual,foi um amor ao próximo e esse a fazia sentir medo, medo de se expor, pois quando a pessoa demonstra suas emoções, se sente frágil e insegura perante os que estão a sua volta.

    como eu lidaria: Seria muito difícil abrir mão da segurança da minha ostra para me aventurar mundo afora.Quando abrimos o nosso coração temos medo de não sermos correspondidos, por conta disso nos sentimentos muito frágeis. Sentimentos como amor, afeto, carinho e felicidade nos fazem sentir satisfação e são essenciais para viver em sociedade.

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  10. Questão 1

    a) Sondagem dos mecanismos da mente humana.

    “Abraçou o filho, quase a ponto de machucá-lo. Como se soubesse de um mal - o cego ou o belo Jardim Botânico? - agarrava-se a ele, a quem queria acima de tudo. Fora atingida pelo demônio da fé. A vida é horrível, disse-lhe baixo, faminta. O que faria se seguisse o chamado do cego? Iria sozinha... Havia lugares pobres e ricos que precisavam dela. Ela precisava deles... Tenho medo, disse.”

    Mostra no texto, que Ana tinha medo de viver no mundo aonde estava conhecendo, as sensações e os sentimentos que nele havia. Queria fechar seus olhos para não ver os sofrimentos alheios, a formosura da natureza, os gestos mais simples. Não queria sentir piedade do mundo.
    Por não querer enxergar as deficiências naturais e humanas, ao ver o cego totalmente desprotegido e sem defesas mascando chicles em frente ao um trilho de bonde, sentia medo, pois se sensibilizou pelas fraquezas dele e passou a sentir amor por ele.
    No uso da sondagem dos mecanismos da mente humana, o texto serve para que nós possamos refletir o quanto estamos egoístas e insensíveis aos problemas alheios. Com medo de sofrer também, não nos importamos com os outros, onde devemos é ter amor por eles.


    b) Histórias sem começo, meio e fim.

    “ Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia.”
    Os textos da autora, não tem um começo nem fim , é como se a história ficasse no ar, (conclusão sem muito sentido, ou sem um final definido)


    c) O tempo psicológico.

    “Mamãe, chamou o menino. Afastou-o, olhou aquele rosto, seu coração crispou-se. Não deixe mamãe te esquecer, disse-lhe.

    Esse tempo para ela, é o tempo infinito. O tempo da lembrança. O que ela gostaria é de nunca se esquecer de seu filho, que o sentimento de seu coração e sua mente sejam eternos. Pois para ela as situações que estava conhecendo, fazia afastar-se de seu “mundo”.


    Questão 2

    Ana teve medo de estar naquele mundo real , onde todos sofrimentos eram verdadeiros, a natureza era viva, as conseqüências aconteciam. Tinha medo que sua família passasse o que ela passou conhecendo o outro lado da vida --”além da porta”--. Sentiu angústia pelo cego estar indefeso, sentiu amor por ele.” Com horror descobria que pertencia à parte forte do mundo”. Ela viu a sensibilidade e o ponto fraco das pessoas. Se comoveu. Se espantou. Se sentiu banida, se sentiu forte.”Um cego me levou ao pior de mim mesma, pensou espantada”. (Refletindo sobre esse trecho, me fez meditar o quanto somos desumanos!)
    A reação dela com isso, era abismada. Ela passou a ver o mundo com outros olhos a partir do momento que encontrou o cego num trilho de um bonde. Ela começou amar o mundo, a amar com nojo, pois no entanto, antes, ela não o enxergava. Não conhecia-o. Ela sentia uma mistura de amor com horror!. Como diz num trecho do texto” Porque a vida era periclitante”, ou seja, perigosa, e traiçoeira. No final do texto, ela se esqueceu, aliás, quis esquecer o que havia conhecido das aflições da vida. Eu no lugar dela, traria essa experiência para o meu lar, compartilharia e alertaria minha família, onde ela fez ao contrário, quis poupar, ou mesmo, privar sua família do mundo!






    CINTIA CRISTINA DA SILVA
    3°A4
    N°07
    E.E. Martim Afonso

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  11. 3A4-Nº06-Camila Alves Pereira

    1)As três características são: Epifania, Ironia e Sensações.

    Epifania:"Um cego mascando chicles mergulhara o mundo em escura sofreguidão."

    Ironia:"Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos."

    Sensações:"Ao mesmo tempo que imaginário - era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudas, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega - era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante."

    2)Ela teve noção de que a felicidade pode está presente em qualquer um, como em um cego mascando chicletes.Ana ficou assustada.No lugar de Ana, agiria praticamente igual a ela.

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  12. 1-
    *Presença de Epifania
    Aquele cego (mediador de um processo epifânico), provoca na personagem
    uma sensação estranha, ou seja, uma tensão: “Alguma coisa intranquila estava
    acontecendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem mascava chicles”.

    *Ruptura com a sequência linear narrativa
    Existe aqui uma certa ruptura da personagem com o mundo, causada pelo processo
    durante a tensão, como uma quebra de rotina:
    Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. (...) E
    um cego mascando goma despedaçava tudo isso. E através da piedade aparecia a
    Ana uma vida cheia de náusea doce, até a boca.

    *Clímax
    O clímax da epifania, nesse conto, dá-se exatamente quando Ana desce do bonde e
    entra no Jardim Botânico:
    (...) E de repente, com mal-estar, pareceu-lhe ter caído numa emboscada. Fazia-se
    no Jardim um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber.
    (...) a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada.
    A moral do Jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele...

    *Anticlímax
    Finalmente em casa, a personagem se sente de volta à sua vida de sempre:
    Acabara-se a vertigem de bondade. E, se atravessara o amor e seu inferno,
    penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no
    coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama
    do dia.
    Ou seja, para cada tensão, surge um clímax e um anticlímax, sendo que, neste
    último, ocorre um retorno à situação de origem.

    2- Esse tempo todo vivendo sua vidinha, naquele mesmo cotidiano. Depois do acontecimento principal, Ana começou a olhar as coisas e o mundo de outra forma. Como se tivesse caido em si e voltado a realidade. Talvez se eu pasasse pela mesma situação, acho que também sentiria os mesmos sentimentos, mas não com tanta intensidade como ela. É meu dificíl de acreditar que uma mulher que tem filhos, marido, uma família, ou seja, já é uma pessoa que tem noção das coisas, não sabe como é o mundo realmente.

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  13. 3°A4 -N°16- Jaqueline R. de Almeida

    1°) As características são:
    Epifania: “(...) algo estranho e hostil que o cego lhe revelara, e que agora, fascinada, experimentando um estado de verdadeiro êxtase, vê estender-se sobre o mundo inteiro”

    Predominância de impressões e sensações: "Quando Ana pensou que havia crianças e homens grandes com fome, a náusea subiu-lhe à garganta,"... "estremecia nos primeiros passos de um mundo faiscante, sombrio,".

    As ações passam a ter importância secundaria: Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. (...) E um cego mascando goma despedaçava tudo isso.

    2°) A uma ruptura da personagem com o seu mundo "perfeito", e a prova disso e quando Ana entra no jardim botânico a tem outra visão da realidade.
    Ana fica perturbada e perplexa por não ter visto esse mundo que esta a sua volta antes, porem ela volta pra casa possivelmente para sua vida de antes.
    Todos nos sabemos que o mundo não e uma maravilha, então eu me surpreenderia muito com esse fato do cego, porem se eu me surpreendesse como Ana tentaria adotar esse novo olhar realista que o cego proporcionou a ela.

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  14. Nome: Diogo Lima 3a-5 N°07
    Martim Afonso


    2) Qual o impacto que acontecimento principal teve na vida de Ana? Como ela lidou com isso? No lugar de Ana, o que você faria?

    R: foi ter conhecido e se envolvido com o ''cego'',ela mergulhou em uma paixão forte e aparentemente irresistível;ela se envolveu por que levava uma vida sem felicidade e amor,vivia depressiva não tinha atenção.Não sei mais para frente mas,com meu pensamento de agora faria o mesmo!
    (bom a pergunta 1 ainda estou fazendo é que demora mais tempo e quero garantir pelo menos 1 questão ja :D .Assim que terminar mandarei a outra,e antes que eu esqueça....UMA VEZ FLAMENGO SEMPRE FLAMENGO,FLAMENGO SEMPRE EU EI DE SER ....)

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  15. Nome:Diogo Lima N°07 3a5 Martim Afonso
    1.Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se.
    crt: A autora trata a vida como uma ''ingratidão'',onde você faz tudo por ela se dedica e recebe chacotas,abandono e etc...

    2.Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranqüila vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela mesma, fazia obscuramente parte das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera e escolhera.
    crt:A autora tem a visão de que uma dona de casa não é feliz,vivia apenas para limpar a casa servir os filhos e a família.
    OBS: Não sei quando o poema foi escrito,mas aparenta ser no tempo onde as mulheres não era tratada com o devido respeito ou com a devida liberdade onde o machismo ainda dominada.(minha opinião nada a ver com a resposta apenas um comentario)

    3(essa eu deixei por ultimo por que peguei pedaços do texto que aparece diversamente )
    .Ana subiu no bonde.
    O bonde vacilava nos trilhos, entrava em ruas largas.
    O bonde se arrastava, em seguida estacava.
    O bonde se sacudia nos trilhos
    o bonde deu a nova arrancada de partida.
    crt:A autora trata o bonde como a vida e suas fases e obstáculos,repete varias vezes para deixar bem claro sua intenção.
    (OBS:parte 2 ...Flamengo até morrer ....):D

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  16. 3a2 - nº31 - Pedro Ricardo

    Ae professor n vai da pra eu responder esse aqui não ! fui pro treino hj e to passando muito mal, mais vo tentar recuperar nos outros :) qualquer coisa pedro_sk8_eu@hotmail.com

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  17. nome:mª sabrina nº20 sala 3a5

    1). Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos.

    Literatura intimista:
    Pois esse trecho conta muitos detalhes sobre a vida da personagem dando a sim a impressão de que sabemos tudo sobre sua vida.

    A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício.

    Regionalismo amplo: pois podemos saber de tudo o que se passa no ambiente e em torno dos personagens.

    Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima desordem.

    Pesquisa da linguagem: podemos ver que nesse trecho do poema é onde mais se tem pesquisa de linguagem, pois notamos que as palavras são mais pensadas do que as tradicionais.

    2). O impacto foi que a partir do momento que Lea viu que a vida não é sempre boa e todos iguais, ela enxergou o que por muito não enxergava, então ela agarrou sua súbita vontade de viver e por algumas horas viveu elas. ela acabou lidando como a maioria das pessoas que estão jantando quando vêem uma noticia sobre algum desastre por um momento ficam horrorizadas, mas acreditando que não podem fazer nada para mudar a situação depois de segundos continuam seu jantar como se nada tivesse ocorrido . Tentaria viver a minha nova forma de ver a vida ver uma vida onde tudo fosse extraordinário e novo.

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  18. nome: Daniely Neves Alves nº 8 série: 3A4

    1)- Presença de Epifania

    "Incapaz de se mover para apanhar suas compras, Ana se aprumava pálida. Uma expressão de rosto, há muito não usada, ressurgira-lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível. O moleque dos jornais ria entregando-lhe o volume. Mas os ovos se haviam quebrado no embrulho de jornal. Gemas amarelas e viscosas pingavam entre os fios da rede. O cego interrompera a mastigação e avançava as mãos inseguras, tentando inutilmente pegar o que acontecia. O embrulho dos ovos foi jogado fora da rede e, entre os sorrisos dos passageiros e o sinal do condutor, o bonde deu a nova arrancada de partida. Poucos instantes depois já não a olhavam mais. O bonde se sacudia nos trilhos e o cego mascando goma ficara atrás para sempre. Mas o mal estava feito."

    A epifania aqui é em relação ao chicle. Ana acreditava que a única coisa móvel no homem era sua boca, que mascava chicle diversas vezes e não saia do lugar, isso se compara a vida de Ana, a rotina que ela vivenciava sempre a mesma coisa sem sair do lugar, imóvel e incapaz.

    - Predominância de impressões e sensações

    "No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha - com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera".

    Ana se sentia inútil, depois que terminava todas suas obrigações de dona de casa, surgiam aí, os desejos e angustias, fazendo-a repensar na sua vida, e já cansada da sua rotina de dona de casa surge o desejo de liberdade.

    - Sondagem dos mecanismos da mente humana

    " Humilhada, sabia que o cego preferiria um amor mais pobre. E, estremecendo, também sabia por quê. A vida do Jardim Botânico chamava-a como um lobisomem é chamado pelo luar. Oh! mas ela amava o cego! pensou com os olhos molhados. No entanto não era com este sentimento que se iria a uma igreja. Estou com medo, disse sozinha na sala. Levantou-se e foi para a cozinha ajudar a empregada a preparar o jantar."

    Estava confusa entre a liberdade desejada e a segurança familiar. A liberdade sentida no Jardim Botânico a chamava e ela se sentia amedrontada com isso. Preferia estar ao lado daquelas pessoas que não se identificavam com o cego, ou seja, com as pessoas que não percebiam seu sofrimento. Queria ser forte, mas estava frágil.

    2) Ela passou a ver a vida com outros olhos, porque muitas vezes as coisas da vida passavam despercebidas por ela, e depois de ter conhecido o cego, ela realmente acordou pro mundo que, para ela acabara de surgir. Ela percebeu que a vida é muito mais do que a sua rotina de antes, que nada acontecia. A vida pode ser bela, mas também traiçoeira, e a cada momento acontecem coisas diferentes. Ela lidou com isso guardando para si sua experiência, como forma de poupar sua família do seu sofrimento. Eu no lugar dela compartilharia com meus amigos e familiares para que eles não precisassem passar pelo o mesmo que eu

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  19. Resposta da questão 2
    Ana em um determinado momento de sua vida começou a questionar a vida que vivia, ou seja uma vida de dona casa cuidar da casa, marido, filhos uma rotina
    Como ela lidou com isso?
    Ana procurava viver uma vida tranquilha sem emoçoes, procurava viver uma vida equilibrada apesar de que em certos momentos Ana sentia um certo desconforto com tudo isso.
    No lugar de Ana, o que você faria?
    Iria refletir sobre a vida que estou levando, sbore as pessoas que estao a minha volta e sobre o mundo em que estou vivendo

    Felipe Lisboa n° 12 série 3A4

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  20. Resposta da questão 2

    Ana, em um determinado momento da sua vida cotidiana demonstra uma insatisfação com a realidade a sua volta, se fosse eu procuraria enxergar o que a a miha volta, pra ver o que estaria me fazendo infeliz, e em fim sair do meu mundinho rotineiro, para finallmente me sentir completo.


    NOME: Marcos Cristovão De Souza
    NÚMERO:22
    SÉRIE: 3ª4

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  21. Gustavo Sampaio Diniz nº11 3A5
    1)Ela buscava exprimir, através de seus textos, as agruras e antinomias do ser. Suas obras caracterizam-se pela exacerbação do momento interior e intensa ruptura com o enredo factual, a ponto de a própria subjetividade entrar em crise.

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  22. Leonardo Machado Ayres Cunha n17 3a5
    1-Ela buscava exprimir, através de seus textos, as agruras e antinomias do ser. Suas obras caracterizam-se pela exacerbação do momento interior e intensa ruptura com o enredo factual, a ponto de a própria subjetividade entrar em crise.

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  23. Michelle Machado Ayres Cunha n-21 3a5
    Ela buscava exprimir, através de seus textos, as agruras e antinomias do ser. Suas obras caracterizam-se pela exacerbação do momento interior e intensa ruptura com o enredo factual, a ponto de a própria subjetividade entrar em crise.

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  24. Nivea Lisboa Moreno Nº 24 3 a5
    buscava exprimir através de seus textos, as agruras e antinomias do ser. Suas obras caracterizam-se pela exacerbação do momento interior e intensa , a ponto de a própria subjetividade entrar em crise.

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  25. A lição que está sem nome é minha:
    Patrícia Mariano Pereira nº28 3A4

    Obrigada...

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  26. 1- )

    Ruptura com a sequência linear narrativa :

    ''Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. (...) E
    um cego mascando goma despedaçava tudo isso. E através da piedade aparecia a
    Ana uma vida cheia de náusea doce, até a boca''

    Presença de Epifânia :

    ''Alguma coisa intranqüila estava
    sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem mascava chicles''

    Climax

    '...E de repente, com mal-estar, pareceu-lhe ter caído numa emboscada. Fazia-se
    no Jardim um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber.
    (...) a náusea subiu-lhe à garganta, como se ela estivesse grávida e abandonada.
    A moral do Jardim era outra. Agora que o cego a guiara até ele...'


    Anticlimax

    ''Acabara-se a vertigem de bondade. E, se atravessara o amor e seu inferno,
    penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no
    coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama
    do dia''


    2-) Com todo esse acontecimento, a vida de Ana teve um impacto, mudando assim a maneira das coisas, até do jeito da mesma pensar. Ana teve um atitude bem preconceituosa a respeito do cego, como se ela tivesse se esquecido, que pessoas diferentes
    existiam, ela não olhava pra ele como olhava para qualquer outro , mas sim com outros olhares, o que foi considerado o 'mal', foi esse preconceito.
    No lugar dela , eu não faria nada, ele é só um estranho, como qualquer outro.


    Nome : Arthur nº 02 3A4

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  27. 1) A) Predominância de impressões e sensações: “Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranqüila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos.”
    EXPLICAÇÃO: A autora mostra a paisagem e sensações com clareza e detalhes.

    B) Captar a vivência interior das personagens e a complexibilidade de seus aspectos psicológicos: “Deixou-se cair numa cadeira com os dedos ainda presos na rede. De que tinha vergonha?”
    EXPLICAÇÃO: Nessa característica inclui a interferência continua do narrador nos pensamentos, porque a frase “De que tinha vergonha?” serve tanto para o narrador perguntar, quanto para a personagem (Ana) se perguntar.

    C) As ações passam a ter importância secundaria: “Os troncos eram percorridos por parasitas folhudas, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega - era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante.”
    EXPLICAÇÃO: Porquê mesmo ela sentindo nojo, o fato a deixou tão perturbada que isso não importava.

    2) O fato de Ana ter visto o cego pedindo ajuda e não ter ajudado a deixou confusa e preocupada. O fato a fez repensar coisas da vida.
    Se a situação fosse comigo eu ajudaria o cego.

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  28. dayane matos 3a3 n°099 de setembro de 2010 às 14:36

    Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam jantar - o coração batia-lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mascava goma na escuridão. Sem sofrimento, com os olhos abertos. O movimento da mastigação fazia-o parecer sorrir e de repente deixar de sorrir, sorrir e deixar de sorrir - como se ele a tivesse insultado, Ana olhava-o. E quem a visse teria a impressão de uma mulher com ódio. Mas continuava a olhá-lo, cada vez mais inclinada - o bonde deu uma arrancada súbita jogando-a desprevenida para trás, o pesado saco de tricô despencou-se do colo, ruiu no chão - Ana deu um grito, o condutor deu ordem de parada antes de saber do que se tratava - o bonde estacou, os passageiros olharam assustados.

    Incapaz de se mover para apanhar suas compras, Ana se aprumava pálida. Uma expressão de rosto, há muito não usada, ressurgia-lhe com dificuldade, ainda incerta, incompreensível.

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  29. dayane matos 3a3 n°099 de setembro de 2010 às 14:49

    gostaria de deixar seus dias realizados e belos

    gostaria de planta árvores e vela crescer

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  30. CONTO: Amor – Clarice Lispector

    QUESTOES:
    1)Leia o conto Amor, de Clarice Lispector, e identifique 3 características da autora. Cite a característica, cole a parte do texto que fundamente sua idéia e explique cada uma delas.

    2)Qual o impacto que acontecimento principal teve na vida de Ana? Como ela lidou com isso? No lugar de Ana, o que você faria?

    RESPOSTAS: (1)

    (1°) O tempo psicológico
    “ Mamãe, chamou o menino.Afatou-o, olhou aquele rosto, seu coração crispou-se. Não deixe mamãe te esquecer, disse-lhe”
    Esse tempo para ela, é o tempo infinito. O tempo da lembrança. O que ela gostaria é de nunca se esquecer de seu filho, que o sentimento de seu coração e sua mente sejam eterno. Pois para ela a situações que estava conhecendo, fazia afastar-se de seu “mundo”

    (2°) Histórias sem começo, meio e fim
    “ Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia”
    Os textos da autora ( Clarice Lispector), da margem para novas interpretações pois é um tema bem amplo.

    (3°) Sondagem dos mecanismos da mente humana.
    “ Abraçou o filho, quase a ponto de machucá-la. Como se soubesse de um mal- o cego ou belo Jardim Botânico? – agarrava-se a ele, a quem queria acima de tudo. Fora atingida pelo demônio da fé. A vida é horrível, disse-lhe baixo, faminta. O que faria se seguisse o chamado do cego? Iria sozinha... Havia lugares pobres e ricos que precisavam dela.Ela precisava deles... Tenho medo, disse ”

    Como Ana muito tem medo de conhecer o mundo, por ter medo do desconhecido, ver os sofrimentos alheios, a natureza, os gestos mais simples. E não querer enxergar as deficiências naturais e humanas. Ao ver o cego totalmente desprotegido e sem defesas em frente ao um trilho de bonde, Ana sentia medo, pois se sensibilizou pelas fraquezas dele e passou a sentir amor por ele.
    O texto serve para que nós possamos refletir o quanto estamos egoísta e insensíveis aos problemas alheios. Com medo de sofrer também, não nos importamos com os outros, onde devemos é ter amor por eles.

    RESPOSTA: 2

    Ana teve medo de estar naquele mundo real. Tinha medo que sua família passasse o que ela passou conhecendo o outro lado da vida. Com horror descobria que pertencia á parte forte do mundo”. Ela viu a sensibilidade e o ponto fraco das pessoas, Se sentiu banida, se sentiu forte, meditou o quanto somos desumanos!

    Ela passou a ver o mundo com outros olhos a partir do momento que encontrou o cego num trilho de um bonde. Ela começou amar o mundo, pois antes, ela não enxergava. Não conhecia-o. Eu no lugar dela, traria essa experiência para o meu lar, compartilharia e alertaria minha família, onde ela fez ao contrário, quis poupar, ou mesmo, privar sua família do mundo!

    NOME: JONATHAN ALVES DE SOUSA N° 19 SERIE:3A4

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  31. Martim Afonso
    Yasmim santana de oliveira nº 37 serie: 3A3

    1.Pelo que entendi a autora transmite seu sentimentos na historia como sua determinação, compaixão e intensidade

    Ao mesmo tempo que imaginário - era um mundo de se comer com os dentes, um mundo de volumosas dálias e tulipas. Os troncos eram percorridos por parasitas folhudas, o abraço era macio, colado. Como a repulsa que precedesse uma entrega - era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante.

    nesse trecho mostra que como se aquele fosse o ultimo dia de uma situação estranha como se fosse um sonho.

    2.O fato de ela ter esquecido por uns leves minutos das crianças e o seu medo de nao conseguir sair de onde ela estava e sem perceber ao seu edor do que realmente estava acontecendo na verdade.
    bom no lugar de Ana eu prestaria um pouco mais de atenção pelo fato do lugar que me encontraria e as formas de pensar teria um ponto de vista um pouco mais apurado de um modo que encontraria uma forma de não me esquecer de nada.

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  32. Thays Sanchis Salles nº33 Série: 3A4

    1) -Predominância de impressões e sensações
    - Predominio do tempo psicologico
    - sondagem dos mecanismos da mente humana

    Trecho:

    "Era uma rua comprida, com muros altos, amarelos. Seu coração batia de medo, ela procurava inutilmente reconhecer os arredores, enquanto a vida que descobrira continuava a pulsar e um vento mais morno e mais misterioso rodeava-lhe o rosto. Ficou parada olhando o muro. Enfim pôde localizar-se. Andando um pouco mais ao longo de uma sebe, atravessou os portões do Jardim Botânico."

    - Ela tenta entender ando está ,sente-se perdida , descobria uma vida na qual nunca parou para reparar.
    - Ela fica dentro de si , pensando nas coisas que acabará de passar.
    -

    2) Acho que o impacto principal, foi ver que no fundo ela não conhecia nada , ao ver o cego ela começçou a reprar na vida de outro jeito , tentou entender o mundo onde ela vivia , se perdeu em seus pensamentos , e viu cada parte da sua vida simples com atenção.

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  33. Nivea Lisboa Moreno nº 24 3A5
    [ Eu já mandei a resposta da 1 Porém essa é a continuação da resposta ]
    1-)Apresenta características inovadoras em termos de linguagem e de perspectivas, complexa e subjetiva, faz uso intenso de metáforas

    => Ana havia se tornado alguém obscuro, ou, como ela mesma se representava "fazia parte das raízes negras e suaves do mundo"
    = "Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se".

    Naquela tarde todos os perigos, todos os sentimentos voltaram. Quando o bonde parou.


    2-)Em um determinado momento da sua vida cotidiana demonstra uma extrema insatisfação com a realidade a sua volta.
    A visão de um homem despertou em Ana todos os sentimentos que sufocara durante tanto tempo: O sentimento de amor.
    Não teria sido como Ana que teria matado sua própria humanidade, procurado a sobrevivência ao assassinar a humanidade de outros seres humanos, Mas ao se defrontar com a fragilidade do cego, ela encarou sua própria fragilidade. Porém Ana persistia na tentativa de distanciar-se de tudo o que a amedronta e ao mesmo tempo fascina, eu nao fazia isso, enfrentaria de frente, já que era algo novo, iria me apronfundar mais, conhecer e perceber as diferenças.

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  34. 1°) (1) Ela conta o dia-a-dia de uma pessoa "Ana" com o máximo de detalhes possíveis.
    Quando ela diz: " Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte.
    Em base neste trecho do conto, suponho que ela descreve a vida de Ana como uma vida muito agitada com alguns obstáculos pelo dia.

    (2)Umas das característica mais interessantes na minha opinião.
    No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a, encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha - com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e o escolhera.
    Em algumas partes do conto os verbos são conjugados no futuro (que normalmente não combina com o texto, porque alguns dos verbos não estão acentuado) e isso dá impressão que Ana tem que realizar alguma coisa que por obrigação tem que acontecer.

    (3) Clarice Lispector dá valores concretos para palavras que normalmente teria um significado abstrato.
    Era quase noite agora e tudo parecia cheio, pesado, um esquilo voou na sombra. Sob os pés a terra estava fofa, Ana aspirava-a com delícia. Era fascinante, e ela sentia nojo.
    Como ela pode,”sombra voar” e “ar da terra” ter gosto.

    (4)(OBSERVAÇÃO ESTRA)

    A escritora repete frases ou expressões para quando alguem for ler sinta uma intensidade.
    (O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranqüila estava sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles) (Como a repulsa que precedesse uma entrega - era fascinante, a mulher tinha nojo, e era fascinante.) (A piedade pelo cego era tão violenta como uma ânsia, mas o mundo lhe parecia seu, sujo, perecível, seu.)
    É como se Clarice Lispector quisesse que as pessoas que estivessem lendo o conto, prestasse uma maior atenção no que ela está querendo dizer, com um certo tipo de destaque, repetindo as palavras ou frases.



    2°) O impacto foi a piedade que estava se transformando em amor e isso sufocava-a.
    Com muita alucinações, mas não saindo de sua consciência.
    Encarava a situação como ela fez mas sem confundir lição de vida, com piedade, compaixão; à chegar ao ponto de pensar que é amor.

    OBRIGADO PROFESSOR POR TER PROLONGADO A DATA DE ENTREGA. ADOREI O CONTO, ELE É MUITO CHAMATIVO E INSTIGANTE.

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